Outras coisas sobre Nossa Senhora do Amparo

Constantino I, denominado de o Grande, nasceu em 274. Na véspera de uma batalha, na luta de sucessão, ele teve um sonho, no qual lhe pareceu ver um escudo com uma cruz, e ouviu uma vós que dizia “com este sinal, vencerás”. Ele Mandou então pintar nos escudos dos seus soldados o símbolo da salvação. Realmente venceu, tornando-se imperador em 306. Em 313, decidiu que o Cristianismo seria a religião oficial do Império. 

Essa liberdade trouxe a grande vantagem de poderem meditar mais sobre o conteúdo das palavras de Cristo. Entre elas foi a doação de sua Mãe Maria, como nossa mãe espiritual. A devoção do povo não demorou em perpetuar a grande bondade de Cristo em dar Maria como protetora. Referindo-se aos seus cuidados maternos, todos queriam colocar-se debaixo de seu amparo. Desde então nasceu o título de Nossa Senhora do Amparo. 

Nossa Senhora do Amparo História 

Os sesmeiros Diogo de Unhate, Diogo Dias, João de Abreu, Gonçalo Pedroso e Francisco de Escobar Ortiz iniciaram a povoação na Ilha de São Sebastião, desenvolvendo o local com agricultura e pesca. Nesta época, a região contava com dezenas de engenhos de cana de açúcar, responsáveis por um maior desenvolvimento econômico e a caracterização como núcleo habitacional e político. Isto possibilitou a emancipação político-administrativa de São Sebastião em 16 de março de 1636. 

Mais para o norte da vila, formou-se com o tempo um bairro com o nome primitivo de Itararé (pedra cantante) do ribeiro do mesmo nome que passa nos fundos do Convento. Com a construção do Convento, o bairro passou a se chamar "Bairro de São Francisco", nome com que é conhecido ainda hoje. 

Entre os moradores desta região, possuidores de extensas terras com matas e lavoura, encontrava-se, em meados do século XVII, Luiz Cabral de Mesquita e Antônio Coelho de Abreu. Este tinha no Itararé a sua vivenda, em que morava com sua mulher Luzia Alves de Abreu, sem ter filhos. 

São esses moradores da Vila que pediram ao Custódio, em visita aos Conventos de Santos e Itanhaém, para construir um Convento no local. Antônio de Abreu doou a terra e a aprovação do governador eclesiástico se deu em 9 de agosto de 1658. 

O conjunto composto pela igreja e convento demorou quatro anos para ficar pronto e foi construído com taipa de pilão, sendo a base de pedra, e alvenaria de tijolo e pedra. Em meados de 1668, com o acabamento das obras da igreja, celebrou-se nela a primeira festa de Nossa Senhora do Amparo . Era o dia 8 de setembro e assim se deu sucessivamente nos seguintes. O Santíssimo foi colocado somente no dia 2 de dezembro, primeiro domingo do Advento. 

Em tamanho, o Convento é um dos menores da Província. Gracioso é o seu claustro retangular, com três arcos de um e dois de outro lado, descansando sobre grossas pilastras. Como singularidade ,que dos outros só o Convento de Cabo Frio tinha (nos Conventos no norte era usual), vê-se nele um corredor aberto com peitoril (varanda) que circunda o claustro no andar de cima. 

Nas paredes do pavimento térreo há diversos nichos, que serviam de confessionários para homens, como em alguns outros antigos Conventos, e numa das paredes conserva-se o jazigo, com inscrição, do Coronel Julião de Moura Negrão, nascido em 1755 e falecido em 1838, que foi o fundador da Vila Bela da Princesa. 

No tempo de Frei Apolinário da Conceição (1730) residiam no Convento 16 religiosos, mas observa que "o número já chegara a vinte" ou mais. 

O frontispício da igreja e a torre não fazem face com o Convento, mas avançam para fora. Esta circunstância, como também a diferença que se nota no teto do coro demonstra a evidência de que o frontispício como se vê, coro alpendre de três arcos, não pertencia ao plano primitivo mas foi feito antes de acabar toda a obra. Seria também o motivo pelo qual a torre foi levantada quadrangular desde os fundamentos, quando em todos os outros Conventos era apenas uma parede com cubículo atrás das sineiras. O frontão da igreja está feito em linhas curvas e a torre encimada por meia laranja. 

Além do altar-mor com a imagem de madeira da Padroeira, havia os laterais de São Francisco e de Santo Antônio, cujas imagens de barro são mal acabadas. Posteriormente o altar de. São Francisco foi substituído pelo do Bom Jesus e a imagem do Patriarca passou para o de Santo Antônio. Também na portaria existe uma imagem de Nossa Senhora do Amparo. 

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